segunda-feira, 31 de julho de 2023

A nova língua - Pós Emigrante

Percebes que estiveste muito tempo fora do teu país quando conversas como as que se seguem 
acontecem...

  • ''Nós estivemos mesmo perto da borda...'' Note-se que com esta 'borda' queria dizer fronteira. Borda - Border - Fronteira. 
  • ''Ela está a introduzir a musica...'' E com este introduzir queria mesmo dizer 'apresentar'. Introduzir - Introduce - Apresentar 
  • ''As ordens já chegaram?'' As encomendas amiga... As encomendas. Ordem - Order - Encomenda
  • ''Que equipa é que tu suportas?'' Normalmente há quem não suporte certas equipas, mas aqui a ideia era perguntar que equipa é que 'apoias'. Suportas - Support - Apoias.
  • ''Amanhã tenho um apontamento às 10h' - Apontamento? Sim Apontamento - Apointment - Consulta/Marcação.
  • '' A ideia é fazer surpresa por isso vou pretender que não vou lá, mas depois apareço por lá'' Pretender - Pretend - Fingir.

👅




sexta-feira, 21 de julho de 2023

Hostel - selecção dos melhores (dos piores)

*Este post começou a ser escrito em 2020 mas agora, em 2023, continuei e aqui está ele. Se fazia falta? Talvez não mas cá vai*


Recentemente tenho visto documentários/séries que me têm feito lembrar viagens que fiz - numa outra vida - visto que agora não se pode viajar muito (COVID). 

Voltei a andar (mentalmente) pelos locais e hosteis por onde passei e lembrei-me dos piores em que já estive.


  • Hostel Amigo - Sim... fui eu a escolher o hostel. A viagem foi feita de Portugal, com encontro em Milão com uma amiga Hungara que conheci em Londres. Fizemos o percurso desde Milão até ao lago Como onde ficámos 2 dias e gostámos muito.

    De seguida fomos até à Croácia, Dubrovnik e depois até Montenegro, Kotor.
    Após uma viagem atribulada até Kotor, chegámos ao Hostel! Um hostel com 20 camas e apenas uma wc. Ok... Um hostel onde reparámos que quem ia dividir o quarto connosco era um artista de rua / sem abrigo que naquele dia tinha o carrinho no quarto.
    Para além de, para chegarmos ao Hostel termos apanhado boleia com o proprietário que nem matrícula tinha no carro (não sei como entrámos no carro, se fosse hoje não teria entrado) achámos tudo estranho no Hostel assim que lá entrámos.

    Deixámos as nossas coisas e fomos dar uma volta. Quando regressámos tínhamos nas nossas camas, coisas de outras pessoas. Ok... Vamos lá ver se estamos no sitio errado. Deram-nos outras camas que depois também vieram pedir de volta porque aparentemente pertenciam a outras pessoas.

    Deram-nos outras camas, um sofá e uma cama num beliche mas já eu estava desejosa de sair dali. Decidimos não ficar no Hostel. Procurámos, procurámos e encontrámos um hotel que, perto daquele, foi o nosso hotel de sonho. Lição a aprender 'o barato sai caro' 

  • Hostel em Londres - aqui dormi com alguém no quarto que claramente tinha toberculose (tossiu a noite toda e eu dormi em apneia). Quando decidi voltar para Londres não tive onde ficar. Vi um hostel mesmo do outro lado da estrada de onde trabalhava e achei que era uma oportunidade magnifique! baaaang! errado! Não. Não era. Não foi mesmo. Foi péssimo. O hostel ficava por cima dum bar e vim a perceber depois, que era um dos hosteis que albergava pessoas sem abrigo.

    No quarto que dormi ou, melhor dizendo, passei a noite, estavam homens que tinham tido o dia inteiro passado a trabalhar nas obras, um sem abrigo que naquela noite tinha um colchão onde dormir mas que passou a noite a tossir e que me impossibilitou de ter algumas horas de sono.
    Passei a noite toda com a t-shirt a tapar-me o nariz e a boca. Estava em pânico. E não dormi nada, claro está.
    Era para lá passar 14 noites, no mínimo, acabei por passar apenas essa noite e encontrar algo diferente no AirBnb. 

    Fugi mas também não fui para nenhum paraíso. 

  • Hostel Linda - ou nomeado por mim the drug dealer hostel.
    Querias um hostel barato em Zurique? Entao vai dormir num gerido por uma senhora da night. Sim, era uma prostituta. Por mais mente aberta que queira ser e até por vezes me imaginar a ter conversas com pessoas que têm esta profissão por me suscitar curiosidade pelo modo de vida, pelo dificuldade em lidar com tantas pessoas que devem passar por elas (ou eles) enfim.. Mas aquele hostel não estava preparado para mim 😂ou eu para ele. 

    Desculpem-me quem me tem a desculpar mas eu não sabia ao que ia. Assim que entro no hostel, ja meio em pânico depois de ver a entrada do mesmo, chego à recepção e está um rapaz com unhas gigantes a ouvir musica clássica enquanto fazia o gesto de quem estava a tocar numa guitarra invisível. Se conseguirem visualisar a coisa ainda melhor. 🎸

    Ele dá-me a chave do quarto enquanto eu olho em volta para ver quando vou ser raptada e eu pego nelas e vou até ao meu quarto. Assim que chego ao quarto vejo duas raparigas meio dormentes, que levantam a cabeça da almofada olham para mim e voltam a deitar a cabeça. Havia garrafas de bebida, vazias no quarto e eram 3 da tarde. 

    Eu deixo os lençóis que me tinham sido também dados na recepção, pois naquele hostel cada um de nós fazia a cama, e saio pela porta fora. Chego à recepção e digo que afinal tinha uma pessoa amiga por ali na cidade que me ia dar estadia. Ainda tentei pedir a devolução do dinheiro maaas.. nada feito.

    Cheguei à rua, depois de sobreviver àquela aventura e começo a pensar nas 1001 opções possíveis. No dia seguinte ia voar por isso podia passar o dia no aeroporto, está foi a primeira que me veio à cabeça. Não iria tomar banho mas who cares... Dei uma olhadela no booking e era tudo caríssimo. 150euros por noite era o aceitável mais barato que encontrei. Podia também passar a noite na rua. Entre dormir na rua e naquele hostel de onde tinha acabado de sair, não ia haver grande diferença. Depois de pensadas as opções decidi alugar aquele quarto a 150euros. 

    Não aprendi à primeira e aqui a vida volta-me a mostrar que o barato sai caro, pelo menos quando não se é assim tao aventureiros como pensávamos.

  • Hostel em Ediburgh - Chegámos já de noite e sentimos um cheiro estranho no quarto, deitámo-nos nas nossas camas, nos topos de beliches, em cima dos nossos casacos e dormimos. Como era muito tarde e o resto dos habitantes daquele quarto já estavam a dormir nem acendemos a luz e usámos apenas a luzinha do tlm para não pisar ninguém e chegarmos ao sítio certo. Foi só quando acordámos que nos deparámos com um montão de bolor nas paredes e percebemos que o cheiro era da humidade. A bela da humidade.

    Pânico instalado porque eu tenho sempre impressão que vamos todos morrer com uma pneumonia se dormimos onde há bolor. Disse à minha amiga que deviamos trocar de quarto ou então de Hostel, visto que este estava lotado e depois de muito discutirmos sobre o assunto, ao final do dia lá nos dão a boa notícia de que havia um quarto com duas camas disponíveis. Menos mau. Trocámos de quarto na noite seguinte e a meio da noite, entra uma rapariga que se tinha perdido e não sabia do quarto dela e então vai passando pelas camas tocando nas pessoas e pergunta à Liliana 'Is that you Jess?!' 

    Mais um hostel, mais uma história brilhante, ou então não. Ah! Agora lembro-me que o pequeno almoço deste hostel tinha também pão de forma com bolor para nos servirmos. E não estou a brincar, apesar de parecer. Eheh se calhar era mesmo o tema do hostel e nós não percebemos.

    E foi aqui que terminou a minha aventura em hosteis. Nunca mais dividi quarto com pessoas que não conhecia de lado nenhum e nunca mais aluguei um sítio que tivesse menos de 7 na pontuacao do booking. Custou mas aprendi.

Hosteis maus no caminho, experimento todos,
um dia vou escrever sobre eles no blog🤓


Até já e boas estadias, mas fait attention ao que escolhem




segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Comentários (in)úteis


Olá olá!

Então hoje vão saltar aqui alguns daqueles comentários que os mais velhos (e não só) insistem em fazer mas que - basicamente e não querendo ser rude - são inúteis.

- Olha que vais cair. - Normalmente dito por um pai, um avô, avó, mãe, tios... E qual é o objectivo deste comentário? Vamos lá analisar... hmm continuo sem uma explicação útil. Será este comentário só um desejo enorme de andar no mundo das apostas, mas que com medo de perder dinheiro apenas vai mandando estas pro ar e assim que o puto cai o pai pensa e diz (pimbaaas) 'Eu sabia!' ou  (puuumba) 'Eu avisei...' seguido por um 'só não acerto no totoloto' (euromilhões, mas normalmente são pessoas mais velhas..) 😏

- Muito parecida com a anterior é a famosa 'Vê lá se cais' e a explicação é quase a mesma, mas aqui parece que há alguma vontade da desgraça. Sempre a prever o pior..

- Não te esqueces de nada? - A mim perguntam-me muito isto quando estou a sair para ir de viagem e normalmente vem seguido por 'passaporte, bilhete, chaves, telemóvel, cabeça ... Eu até compreendo porque isto vai fazer com que eu faça um recap daquilo que supostamente não me posso mesmo esquecer mas que à partida eu já pensei 3567 vezes. Mas vá obrigada.. 👍 Mas se me esqueci foi exactamente porque não me lembrei.

- E não te lembras onde perdeste? Ora se eu soubesse onde tinha perdido, se calhar tinha encontrado também.

Sintam-se à vontade de acrescentar aqueles comentários super úteis #sqn que vos fazem e vos fazem revirar os olhos.


Resultado de imagem para revirar os olhos gif


Por Lisboa | Pessoas da mesa do lado

Fui até Lisboa.

Durante mais de 20 anos andei enganada acerca da cidade de Lisboa, a cidade Luz! É assim que a tenho visto ultimamente, uma cidade cheia de luz, cheia de vida, com os miradouros mais bonitos ou com as vistas mais bonitas. Com o céu azul e o sol a brilhar (pelo menos é assim que a tenho apanhado quando lá vou :) ).

Neste ultimo Sábado, decidi perder-me por Lisboa. Passear pelas ruelas de Alfama, pelo Bairro Alto, Chiado, Rossio, Terreiro do Paço...

Perdida, mas querendo encontrar um local onde já tinha estado, andei, andei e lá fui encontrar o Lost in YES! Tenho péssimo sentido de orientação e não me lembrava do nome do sítio por isso não sei bem como lá fui dar, mas fui.

Depois de olhar para as mesas disponíveis e de franzir o nariz ao rapaz que lá trabalhava, duas raparigas levantam-se para ir embora deixando assim a melhor mesinha livre para mim YES! Instalei-me. A vista era esta



e eu tinha um livro para ler e tempo livre. O essencial, portanto, para passar uma bela tarde. E assim foi.
Pedi uma salada de frango. Tinha amêndoas laminadas, maçã, espinafres e maionese de caril e claro, frango. (bem diz o RAP que hoje em dia os pratos já não se descrevem como antigamente, com apenas uma palavra 'feijoada', 'cozido'). Mas eu referi todos os ingredientes porque, ou eu tinha muita fome - visto que eram 16h - ou aquela salada estava mesmo divinal. Comi tudo. E mais houvesse, que eu tinha devorado. No fim disse umas 356 vezes à rapariga que me atendia que aquela salada era maravilhosa. Sim, porque quando gosto, gosto! e depois tenho esta mania de dizer montes de vezes, se for preciso até me viro para a mesa do lado e digo 'vocês deviam mesmo provar isto!' É muita bom' 😂 - Ainda não fiz esta, mas fica a ideia.

Bem, mas passando ao que interessa. Eu estava sentada na minha mesinha e tinha duas raparigas sentadas na mesa do lado. Já vos disse mas vou repetir. O local chamava-se 'Lost in', e eu por momentos apanhei a conversa das raparigas do lado e não pude deixar de ficar a ouvir. Elas estavam no sitio certo, porque elas próprias pareciam perdidas. Pelo que percebi, ali tentavam chegar à conclusão do local que iriam visitar em breve. Para ajudar na escolha, uma delas lia blogues/ sites onde viajantes contam as suas experiências enquanto a outra ia apontando tudo o que era importante (ou não). Ora então os países em votação eram Itália, Grécia, Malta, Finlândia (este ultimo foi banido por ser bonito no Inverno 😕). Entre apontar os melhores locais a visitar em cada um dos países, as comidas, etc surgiu também o custo de vida. E foi aqui que eu fiquei atenta, muito atenta.
Amiga A: ah então e o custo de vida de Malta?
Amiga B (a que lia as informações): Vou procurar... Olha aqui diz que o custo de vida de Malta é igual ao nosso, um pouco superior.
E a amiga A começa então a escrever repetindo em voz alta enquanto escevia: Cuusto de viidaa em Maaltaa iiguaaal aaao noosso mas supeeriior. E foi aqui que eu percebi que se isto não era a primeira vez que planeavam uma viagem na vida delas, devia de ser a segunda.
Não quis interromper mas fiquei atenta a mais informações.

Entretanto desliguei porque o livro falava mais alto. Ah e já agora aconselho o novo livro do Ricardo Araújo Pereira 'Estar vivo aleija'. Mas só para quem gosta de rir. 😂


terça-feira, 7 de novembro de 2017

Perguntas... parvas


Comecemos com uma pergunta que é cada vez menos comum, não porque as pessoas deixaram de a fazer mas porque deixaram de usar o telefone fixo com tanta frequência.


Estás em casa? - Isto poderia ser só uma pergunta banal, se não se tratasse de um telefonema feito para o telefone f-i-x-o de casa... Ora e o que é que apetece responder?
'Não, achas que estou em casa?! Vim aqui à Tailândia passar uma férias MAS trouxe o fixo comigo...'

Estás a dormir? - Ligam-nos para o telemóvel e a primeira pergunta que lhes apraz fazer é... nada mais nada menos que: 'Estás a dormir?'. Nem sequer é um 'Estavas a dormir'..
E o que é que podemos responder a estas alminhas?
'Estou a dormir estou. Mas tenho esta cena de atender telemóveis em modo sonâmbulo. Aliás, não fales de nada muito importante que eu quando acordar já não me devo lembrar de nada.'

Vai sair? - Parece que já estou a exagerar e tudo me parece parvo não é? Mas não! Esta pergunta passa a ser 'pertinente' e pode aparecer muito bem nesta lista quando se trata da pessoa que tem o carro a trancar o nosso e se vira para nós, mesmo quando estamos a entrar no carro e pergunta: 'Vai sair?'
Eu normalmente respondo: 'Não amigo/a, eu só estou a entrar no carro porque isto aqui é muito mais confortável do que o sofá lá de casa'


Imagem relacionada


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Tipos de personagens no comboio


Agora que esta aventura em Londres está a chegar ao fim acho que consigo fazer um resumo das personagens que coo-habitaram nas mesmas viagens de comboio que eu.


1. Os Surfistas - Aquelas pessoas que mesmo que tenham algo a que se agarrar, vão ali, de pernas abertas, a contrair o abdominal e joelhos flectidos para que aguentem a viagem toda sem tombar para o lado. E ainda olham à volta como quem diz ' olha aí eu todo/a forte, nem preciso tocar nestes montes de germes que estão a cobrir estes postes'. Meus amigos... vocês só não fazem a ideia da figura que estão a fazer, essa posição faria sentido se eu vos pusesse um background do mar das praias do Algarve e uma prancha debaixo desses pezinhos.

2. Os Apressados - Aqueles que, infelizmente não arranjaram lugar sentados e assim que tu ameaças que te vais levantar eles jogam-se logo ao teu poiso. A gente ainda só está a pensar levantar o cu, já eles lá estão sentados.

3. Os Stressados - Estes tiram-me do sério... O comboio ainda está a mais de 5km da paragem onde estes artistas vão sair, já eles estão todos nervosinhos com o ' excuse me, excuse me', fazem-nos levantar mais cedo do que queríamos, porque muitas vezes até vamos sair na mesma paragem, e depois não conseguem sequer passar muito mais de onde estavam porque o comboio está cheio... #Naohapaciencia

4. Os Egoístas - Aqueles que ficam ali ao pé da porta, ali mesmo juntinho à porta a tapar o botão que serve para clicar e abrir a porta... Mas como a paragem deles ainda não é aquela, ficam ali encostadinhos ao botão sem clicar nele nem deixar que ninguém mais chegue lá e, como não querem sair ficam mesmo ali, distraídos a cagar para quem quer sair.

5. Os Lavadinhos - Epa! vá lá que o verão em Inglaterra dura uma semana - se tivermos sorte - porque ninguém aguentava muito mais que isso. Para além do problema de não haver praias como deve ser por aqui, o pessoal nos transportes públicos, provavelmente para terem mais espaço para eles, não tomam banho e depois é um fedor que não se pode.

6. As Maquiadoras Profissionais - Estas raparigas - também podem ser rapazes que isto aqui há de tudo - são umas artistas. Elas entram com uma cara no comboio e saem com outra, dando a sensação que houve ali um feitiço do além e que no lugar daquela que entrou há 10 minutos atrás, está outra. Aquilo é uma precisão, um rigor, que eu fico parva. E a coisa funciona, mas eu continuo sem entender porque se elas não se querem mostrar feias e precisam esconder a cara debaixo daquele monte de pó e base, como é que não fazem isso logo em casa?! O melhor é mesmo quando nós estamos do lado da janela e elas se sentam ao nosso lado, mesmo na paragem antes daquela em que vamos sair e elas entretanto tiraram a tralha toda para fora da mala para começarem o processo longo do disfarce... Muaahahah

7. Os Aliens - Aqueles que não vão com o telemovél 😲  Aqueles que são os únicos que em vez de irem tipo avestruzes, vão a apreciar a vista... Imaginem só! A apreciar a vista. O que é isso?!

8. Os Intrometidos - Aqueles que não têm vida própria, basicamente são os aliens e levam a vida a cuscar o que tu estás a fazer no teu telemóvel, a ler a capa do teu livro...

9. Os Djs - Aqueles que ouvem musica mas que gostam de partilhar com o resto da população presente naquela carruagem. Não há maneira de ouvires só a tua musica, às vezes levas ali com um remix bem bom que é o resultado da tua própria musica e a do dj. Nada mau...

10. Os espaçosos - Estes amigos gostam de ir fazendo o roça roça por não terem noção nenhuma do espaço que ocupam. Seja porque são mais cheinhos ou porque têm uma mochila às costas, de que entretanto se esqueceram, vão o caminho todo a dar-te com aqueles toquezinho irritantes.

Pronto e é isto. Provavelmente estou a esquecer-me de um ou outro tipo mas vocês podem acrescentar 😄

Boas viagens!

domingo, 14 de maio de 2017

Não é viagem de avião se não tiver emoção...

Olá!

É verdade que para mim não é viagem de avião se não tiver um bocadinho de emoção à mistura, mas não é preciso exagerar!! 👀
Desta vez, no voo da Norwegian para Maiorca o pânico instalou-se e ainda não tínhamos saído do chão 😯.

Eu e a minha irmã marcámos os vôos e ficámos todas contentes porque a promoção era com a Norwegian. Antes da viagem estávamos nós em casa e dissemos com alta convicção que 'Epá gosto mesmo da Norwegian' ao que a outra responde 'É verdade, também adoro' e assim que acabámos de falar olhámos automaticamente uma para a outra 😏que é como quem diz Aaaah porquê que me parece que por gostarmos tanto, algo se vai passar?!
Isto deve ter ficado a latejar no nosso subconsciente até ao dia do vôo...

Dia 9 de Maio, 19h - era hora de partir rumo a Maiorca woohoo. Uma sensação muito estranha andava às voltas no meu estômago ou mente, não consigo distinguir 😂 . Chegámos ao avião e tínhamos um rapazinho no nosso lugar... Depois de reclamarmos entre nós, decidimos deixá-lo à janela e ocupámos os outros dois lugares.
O rapazinho oferece, simpaticamente, uma pastilha a cada uma de nós e falamos um bocadinho (claro que não aceitei a pastilha).

Voo completo, demonstração de segurança feita, estávamos prontos para levantar vôo - ou então não...
Enquanto observávamos os aviões, uns que aterravam, outros que levantavam para os seus distintos destinos íamos aproximando-nos da pista. Chega a nossa vez, prego a fundo e lá vamos - ou melhor lá íamos nós. O motor reduz a sua potência e saímos de pista. OMFG o que é que se passou??? Várias opções passam na nossa cabeça até que se ouve o piloto dizer que uma luz tinha de repente acendido e que iam verificar o que se passava. Este verificar o que se passa, não passou de um restart do programa e uma espera de 7 minutos para TENTARMOS outra vez. Como assim 'tentarmos outra vez??' 😬
De conversa com o rapazinho do lado, percebo que parte da sua família também ia para Maiorca, mas que o irmão se tinha enganado na compra do bilhete 😯. Preferia não ter tido conhecimento da coisa. Sabem aquelas noticias que dão na tv a dizer: 'E eu era para estar naquele avião oh meu deus, que sorte a minha?' Exatamente. Assim que o ouvi dizer que o irmão ia noutro voo por engano, salta-me um 'lucky him' e assim que o digo percebo que nem sequer estou a brincar e estou mesmo nos pânicos.
A minha irmã que já aprendeu comigo, enquanto não agarrou uma das hospedeiras de bordo também não descansou. 'A luz acendeu quando? Só quando íamos a descolar' - perguntou a minha irmã. Resposta: Sim. 'Ah e vamos tentar outra vez, o que significa que pode acontecer de novo??? Pelo que a senhora, vendo que se tratava de uma 'nervous flyer', disse: 'Oh I see what you mean. No, don't worry I PROMISE YOU it won't happen again. I promise you' - repetiu ela.

Ok vamos lá ver se a luzinha agora não acende quando estamos lá em cima - QUE MEDO!!

Que vôo stressadinho este. Sim porque para além disto quando íamos para aterrar o piloto diz que vamos 'ficar a fazer tempo aqui por cima, porque mudaram-nos a pista de aterragem' HEM?? O que é isso: mudaram a nossa pista de aterragem? Enfim... Se sobrevivermos a este acho que perdemos o medo de andar de avião - ou então também não.

E isto foi o voo para Maiorca. Espero que tenham gostado tanto como eu... 😒

O que nos valeu ainda foi este lindo pôr do Sol =)